sexta-feira, 10 de junho de 2011

Especial: Dia dos Namorados

"Seja como for, ninguém vive sem amor!" Li essa frase certa vez no para-brisas traseiro de um fusca. Pode até ser um pouco cafoninha, mas é verdade. O ser humano necessita de amor para viver, e não me refiro apenas ao amor afetivo, mas também ao amor materno (que muitos de nós gays conhecemos bem), amor paterno, fraternal e enfim. O amor! É só o amor, só o amor que conhece o que é verdade! Como diria a sabedoria melancólica de Renato Russo. E para os que acham que a vida é difícil com ele, saibam que é impossível sem...

Não encaremos o Dia dos namorados como uma data depressiva. Se você faz parte do time dos que estão sozinhos, saiba, sua situação é semelhante a de muitos. Inclusive a minha, que passarei absolutamente solteiro e sem ganhar caixa de bombom, ursinho de pelúcia com coração escrito "Eu te amo" ou qualquer outro tipo de presente. Acho que tenho problemas com a palavra "Namoro". Até hoje, tive alguns relacionamentos curtos com meninos e meninas, mas por mais legal que eu tentasse ser, a coisa não fluiu bem. Não sei se sou eu...  Deve ser porque meus namoros foram com pessoas muito bacanas, mas nenhuma que eu amasse de verdade. E as que amo, geralmente me desprezam ou brincam com meus sentimentos. Fica ruim dessa maneira, não é?

Não vamos desacreditar no amor, porém. Pelo contrário, devemos ter fé de que um dia, quando menos esperarmos, uma troca de olhares e... Poow! O tão esperado amor acontece. O ceticismo não leva a lugar nenhum, a não ser a tristeza e solidão. E ninguém deseja ser triste.



O amor é um dos sentimentos mais bonitos e puros do ser humano. Quando estamos apaixonados, passamos a ser pessoas mais generosas, solidárias. A natureza fica mais bonita, as músicas ganham uma melodia mais harmoniosa. O céu azul e límpido fica mais bonito, o dia nublado, torna-se menos desanimador.



Uma reportagem da Revista Veja da edição 2184 - 29 de setembro de 2010, intitulada de "O ABC dos sentimentos", traz uma sistematização dos sentimentos e sua fórmula científica e química.

Dêem uma olhada no que é dito a respeito do Amor:

"Dizia o poeta Carlos Drumond de Andrade (1902-1987): "O amor dinamita a ponte e manda o amante passar." Amar não é e nunca será fácil. até o amor materno passa por suas provações. As complicações, em geral, advém de influências externas. Da perspectiva bioquímica, amar é de uma simplicidade comovente, mera questão de oxitocina. As substâncias ativam as áreas de afetividade, ajudando a estabelecer e a fortalecer os vínculos de afeição - seja entre mãe e filho, homem e mulher ou amigos. Quanto maior a produção de oxitocina, maior também a liberação de dopamina, a substância da alegria, responsável pelo controle do sistema de recompensa cerebral. Para a manutenção do amor romântico, a biologia fornece um prazo de validade - em média, quatro anos, o tempo exigido para a concepção, a gestação, o nascimento e os primeiros cuidados com o bebê. A natureza é pragmática."


Fragmento retirado da reportagem "O ABC dos ssentimentos" de Najara Magalhães.


Enfim, vamos valorizar o amor! Produzir muita oxitocina nesse final de semana e deixar o sentimento mais bonito que existe fluir... Olhar em volta, e perceber que há sempre alguém que queira compartilhá-lo com a gente. Basta apenas querer e acreditar... Se não houver uma brecha para que ele possa entrar, nunca deixaremos de acreditar que amor é muito mais que um simples substantivo abstrato.

Eu digo isso na condição de um cara que aprendeu a buscar. Eu me apaixono e me envolvo muito fácil. Não sei se é um defeito, mas provavelmente deve ser. Estou mais uma vez passando meu Dia dos Namorados sozinho. Trágico? É, pode ser, mas não desisti. Sinto que no futuro irei comemorar esta data e ao lado da pessoa que mais desejo. Não devemos desistir do amor... Fica aí o meu recado. Sei que estou bancando a Pollyana com esta minha visão super gracinha das coisas. Mas, acho que não adianta nada ficar pensando e vendo tudo pelo lado negativo. É ruim, e só nos torna seres humanos amargos. Por isso, sorriso no rosto e bora curtir a vida (seja sozinho ou acompanhado).

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